INIMIGOS NATURAIS

 

Os Inimigos Naturais:

As praga da meliponicultura:

Todos os predadores de insetos são potenciais inimigos das abelhas. No entanto, alguns não alteram o cotidiano de um enxame, pois não possuem grande poder de destruir uma colméia, alimentando-se, quando muito de alguns poucos indivíduos: são aranhas, pássaros, barbeiros, etc.

OS QUATRO INIMIGOS DAS ABELHAS SEM FERRÃO:

 

São três os inimigos mais comuns e que podem predar um ninho até sua extinção, com mortandade e perda de toda a colméia:

1= Forídeos: são larvas de dípteros ou pequenas moscas (mosca ligeira ).

2= Formigas: Gostam de açúcar e não hesitam em entrar na colméia para lamber o mel. As ASF são praticamente indefesas contra as formigas. Mais adiante explicarei a forma de controlar o seu acesso ao ninho;

3= Abelhas limão (Lestrimelita limao): são abelhas cuja natureza não as dotou de corbículas para a coleta de alimento. Conseguem o seu alimento em investidas maçiças contra os ninhos de outras ASF, dominando totalmente suas vítimas pela castração feromonal – elas exalam um cheiro forte e característico de cítrico (limão) quando estão em ataque. Essa habilidade confere às limão uma estratégia única: ao exalar esse cheiro elas “bloqueiam” a comunicação e confundem suas vítimas desmobilizando-as.

 

Os Forídeos:

São moscas ligeiras, parecidas com moscas de frutas azedas caracterizam-se por seus movimentos muito rápidos. Elas entram nas colméias pelas frestas da madeira, tampa mal fechada e abertura de entrada das abelhas.

Uma vez dentro do ninho depositam seus ovos nos cantos onde há escrementos das abelhas e também nos potes de pólem, cujo conteúdo possui um característico cheiro de azedume. Em dois dias nascem as larvas que, se não forem combatidas, produzirão uma segunda e outra terceira geração de forídeos no interior da colméia. Suas populações crescem, a despeito das abelhas que parecem nem perceber as suas presenças. Quando a população dos forídeos cresce demais, as larvas, agora já em quantidades grandes consomem, além do pólen, o mel e o alimento das crias, contido nas células de crias e ainda mais, consomem também as crias das abelhas que são totalmente indefesas. SE A COLMEIA FOR FORTE AS CAMPEIRAS JOGAM PARA FORA AS LARVAS DOS FORÍDEOS E DOMINAM A SITUAÇÃO, SE A COLMEIA FOR FRACA sucumbe rapidamente.

 Forídeos - Modo de controle:

Manter a caixa das abelhas sempre em boas condições, evitando deixar frestas abertas; Inspecionar constantemente – quando se abre a tampa, se houver forídeos é possível que estejam na parte interna da tampa e a maneira de aplacá-los é no “tapa” mesmo, cuidando para não danificar a colméia;

A melhor maneira de combatê-los é usando-se uma isca: num desses potes tipo de filme fotográfico ou de temperos, fazer pequenos furos de 2 a 3 mm de diâmetro (o suficiente para passar só a mosquinha, ficando de fora a abelha) , colocar uma pequena quantidade de vinagre de maça e colocar essa armadilha dentro da caixa das abelhas.

Se entrarem forídeos na caixa eles serão atraídos pelo cheiro irresistível do vinagre, entrando no pote e afogando-se ali mesmo.

Trocar o conteúdo e limpar periodicamente essas armadilhas é conveniente para mantê-las

ativas e asseadas.

Usar fita crepe cobrindo as frestas das tampas das caixas das abelhas também é boa técnica.

Fica só a entrada do ninho aberta, mas nesse local sempre há uma sentinela de plantão,

dificultando a entrada de invasores.

 As Formigas:

Tanto quanto os forídeos, as formigas podem fazer grandes estragos nas colméias. As formigas são atraídas pelo mel das abelhas e entram nos ninhos para fartarem-se deste nobre produto.

Quando a formiga batedora descobre a fonte do irresistível mel ela volta para o seu próprio ninho para avisar as irmãs sobre a descoberta. No início algumas poucas formigas irão aproximar-se do ninho das abelhas. Mas logo será um exército de pinças armadas que terão pouca resistência pela frente.

As abelhas naturalmente tentarão defender o ninho, mas serão indefesas contra as mortíferas formigas que ao lançar ácido fórmico sobre as inimigas e mordê-las com suas afiadas pinças tomarão de assalto a colméia.

Morrerão as operárias, a rainha e as crias, que serão levadas como petiscos para as formigas, além do delicioso mel.

 O modo de combate mais eficaz contra as formigas é criar as abelhas longe do seu alcance, isto é, proteger os acessos à colméia com graxa patente, por onde as formigas não conseguirão passar

 Abelha Limão ( Lestrimellitas ).

ABELHA IRATIN (LIMÃO)

 

 Nesta foto tem umas abelha mandaçaia pegando um pouco da cera do pito da abelha limão.
Esta abelha limão foi destruida, O interessante desta espécia tem o polén liquido e muitas rainhas + de 6.
 
 
A inimiga numero um das abelhas sem ferrão

As Lestrimellitas limao são um tipo de abelha nativa que vivem em colônia, tanto quanto as outras que existem em nosso ambiente, com o diferencial que elas não coletam produtos nas flores. Sua especialidade é saquear os ninhos de abelhas produtoras de mel.

Quando atacam, se não há intervenção do meliponicultor, raramente um ninho sobrevive,

principalmente se o ninho atacado não é bastante forte.

Há casos de enxames bem fortes de mandaçaias sustarem o ataque. Já os ninhos fracos, normalmente divisões recentes e colméias que não estejam completamente estabelecidas, podem rapidamente sucumbir a esses ataques.

São três as estratégias dos assaltos das limão:

A abelha batedora, O número de indivíduos que

atacam e o cheiro característico delas.

Inicialmente, num dia de mormaço (quente e abafado), uma abelha limão “batedora” investiga uma colméia potencialmente boa para ser atacada. Ela faz isso com revoadas constantes na entrada do ninho. Nesse momento ainda não há sinais de perigo.

Certificada do ninho a ser atacado ela leva a notícia até a sua própria colméia e então retorna com um pequeno exército de invasoras, que já exalam o característico cheiro de limão. Revoam em torno do ninho das vítimas que já entram em pânico.

As limão então procuram rapidamente invadir a colméia. Há brigas na entrada do ninho e muitas abelhas agarram-se umas às outras – invadidas e invasoras e caem ao chão. Essas já estão condenadas à morte, pois ninguém é mais capaz de separá- las.

A quantidade de abelhas invasoras aumenta rapidamente e elas acabam “furando” o cerco da guarda e entram na colméia vitimada. Quando elas conseguem entrar confundem a comunicação feromonal das suas vítimas que ficam confusas e desmobilizadas.

As invasoras rapidamente roubam cera e com ela constroem um tubo na entrada dessa colméia. Elas dominam completamente a entrada do ninho, por onde só entram mais limões, que agora atacam às centenas ou milhares de invasoras, num ataque maçiço, mais uma de suas estratégias.

Dentro da colméia, as sobreviventes vítimas reunem-se num canto protegendo a rainha e nos

favos, potes de mel e discos de crias só existem Lestrimelitas pilhando.

Essas sobreviventes, se a invasão não for contida vão acabar morrendo – as que não morrerem

agredidas vão morrer de estresse e fome.

Depois de “rendilharem” o ninho atacado e roubarem seus alimentos as ladras vão embora deixando

para trás a marca da desolação, sendo que em casos exporádicos fazem sua nova morada ali.

Prevenção

Tal qual um assalto, nunca se sabe quando as limão atacarão, mas podemos ficar mais atentos em

determinadas épocas e circunstâncias:

Em dias quentes e com mormaço os ataques são mais prováveis.

Elas nunca atacam em dias frios, suas asas não funcionam direito.

O cheiro exalado das nossas colméias durante o manejo pode atrair as limão, principalmente

nos dias quentes;

Revoadas de abelhas pretas e desconhecidas sobre as nossas colméias devem ser monitoradas com muita atenção.

O costume de olhar nossas colméias frequentemente pode nos levar a evitar prejuisos, pois se alguma delas for atacada há tempo para intervenção

 Quando uma colméia é atacada, o que fazer...

 

Bloquear imediatamente a entrada da colméia atacada com cera ou com barro – às vezes o

ataque acontece em várias colméias simultaneamente – fechar todas elas, de modo a não

deixar entrarem mais limões.

As invasoras que ficarão do lado de fora pousarão na caixa agora protegida, onde podem ser

esmagadas para evitar que retornem ao ataque;

Levar a caixa para dentro de casa e colocá-la de frente para uma janela com vidros fechados.

As limões sairão em revoada e baterão no vidro, onde poderão ser mortas;

As que sobrarem no interior da colméia deverão ser removidas com o uso de um “sugador de

Abelhas e depois podem ser sacrificadas.

 

Atenção: a ação para fazer a “limpeza” na colméia e remover todas as invasoras é bastante trabalhosa e demanda tempo do meliponicultor. Se esse não tiver disponibilidade de fazer a tarefa no momento, o melhor é alguém de casa fechar a entrada do ninho com barro e deixá-lo para depois O importante é sustar a entrada e saída de abelhas do ninho.

Nunca usar qualquer tipo de inseticida, por razões óbvias.

 LEMBRE-SE SEMPRE:

O  primeiro procedimento no caso de ataque é interromper a entrada e a saída de abelhas da colméia.

Não fique com pena das suas mandaçaia que morrerão no combate fora da caixa, pense em salvar o enxame lá dentro.

 

 

4= O sol: Em minha opinião o maior inimigo das abelhas sem ferrão é o sol, nunca devemos deixar colméia de ab. s. ferrão exposta ao sol, mesmo coberto com telha, as abelhas sem ferrão na natureza sempre esta morando em um oco de arvore, sendo que nas arvores circula água da raiz até as folhas, mantendo uma temperatura constante dentro de seu ninho.

 Lembre-se poucas horas de sol por dia em sua colméia é o suficiente para morrer as larvas ( crias novas ), ocorre que, as mortes naturais das abelhas adultas superam o nascimento de abelhas novas, e a colônia as poucos vai definhando até a aniquilação total, muitas vezes leva até 1 ano para chegar até a aniquilação.  Obs: A abelha adulta suporta bem o sol, morre só as crias novas.


Contatos

MELIPONÁRIOS ABELHAS DO SUL

Saltinho do Canivete.
Mafra SC


47-88902036